Diversidade na Ciência: a falta de representatividade de pesquisa dores negros
- Marcos Antonio de Souza Silva
- 12 de mai.
- 2 min de leitura
Imagine uma mulher negra em frente a um sistema de reconhecimento facial, não tem seu rosto reconhecido, quando a mesma utiliza uma mascara em branco sem nenhuma expressão, o sistema reconhece o rosto, essa é história real da pesquisadora Timnit Gebru.
Agora, imagine uma menina negra apaixonada por biologia, cheia de perguntas e ideias. Agora imagine que, mesmo com talento, ela nunca se veja representada nos livros, nas bancadas ou nos congressos científicos. Essa é a realidade de milhares de jovens no Brasil — e é para mudar esse cenário que precisamos falar, com urgência, sobre diversidade na ciência.
A Investe Ciência acredita que o conhecimento precisa ser acessível, plural e representativo. Porque quando a ciência ignora vozes, ela também perde potenciais descobertas.
Qual o problema?
Apesar da população negra ser maioria no Brasil, a presença de pessoas negras nos espaços acadêmicos e científicos ainda é mínima. Um levantamento da Andifes (2022) mostrou que apenas 10,5% dos docentes de universidades federais se autodeclaram pretos ou pardos. Quando olhamos para cargos de liderança em grupos de pesquisa, esse número cai ainda mais.
Essa sub-representação não é coincidência — é resultado de barreiras históricas: racismo estrutural, falta de incentivo nas escolas públicas, ausência de políticas de permanência e o apagamento de cientistas negros da história oficial.
Por que isso importa?
A diversidade é essencial para uma ciência mais completa, inovadora e conectada com a realidade. Pessoas com vivências diferentes trazem perguntas diferentes, e é isso que move a produção científica. Quando apenas um grupo domina os espaços de decisão, muitos problemas da sociedade ficam invisíveis.
Mais do que uma questão de justiça, incluir pesquisadores negros é uma questão de qualidade e relevância científica.
É sentir-se representado e mudar a mentalidade: "isso não é para mim". E perceber que é possível, uma fagulha de esperança que é possível mudar e evoluir.
A representatividade importa. Não só por quem está fora, mas pelo que a ciência ainda pode se tornar.

O papel da Investe Ciência
A Investe Ciência nasce como uma resposta concreta a esse desafio: criar uma ponte entre estudantes e pesquisadores negros e oportunidades reais de financiamento, apoio e visibilidade.
Por meio de campanhas de financiamento coletivo, qualquer pessoa ou empresa pode contribuir para que uma jovem negra de periferia leve seu projeto de pesquisa até uma feira nacional — ou que um pesquisador quilombola possa registrar suas descobertas em uma revista científica.
Além de arrecadar fundos, a Investe Ciência se compromete a amplificar vozes que historicamente foram silenciadas.
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Quer uma ciência de verdade? Apoie a diversidade.
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